quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

O CANTO DE VÓLIA

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IMAGEM: EDGAR DEGAS


BAILARINA

Ela, por vezes, se sentia assim:
Voando ao vento...
Os passos, os saltos,
A faziam voar,
Viver no seu elemento.

Era pássaro,
Era anjo,
De plumagem nova,
De desejos vários...

Ela, outras vezes, se sentia assim:
Uma árvore centenária...
As raízes, as dores,
A prendiam na terra,
Era cárcere, sofrimento.

Era fera,
Era demônio,
Coberta de andrajos,
De ambiguidades antigas...

Mas tudo o que ela queria
Era voar,
Saltar acima do que lhe foi destinado,
Rodopiar em vertiginoso bailado,
E dizer para o mundo
Que era dona do seu destino.

05/12/2016

 ***


Vólia Loureiro do Amaral Lima é paraibana,
 engenheira civil, poetisa, romancista e artista plástica. 
Autora das obras Aos Que Ainda Sonham (Poesia) 
e Onde As Paralelas Se Encontram (Romance). 



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