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Manuel Alexandre Filho
(Bananeiras PB 1932). Pintor. Trabalha na lavoura até os 17 anos, não chegando
a concluir o curso primário. Depois, como servente, caixeiro e operário.
Muda-se para o Rio de Janeiro, onde começa a pintar autodidaticamente por volta
de 1964. Começa a expor em 1968, no Rio de Janeiro. Alcança reconhecimento
internacional, expondo em Paris, Madri e Lisboa. Em 1968 participa do Festival
de Arte Negra, na Nigéria. Expõe também em Houston e Montevidéu. Anatole
Jakovsky o inclui em seu livro Peintres Naifs em 1972 e Flávio de Aquino em
Aspectos da Pintura Primitiva Brasileira em 1977. Nesse mesmo ano passa a
figurar no Dicionário de Arte Brasileira de Roberto Pontual e no livro
Provérbio de Pintores Naif de Max Furny. Por volta de 1975 volta a seu estado
natal, residindo atualmente em Guarariba.
ARTE NAIF
O
termo arte naïf aparece no vocabulário artístico, em geral, como sinônimo de
arte ingênua, original e/ou instintiva, produzida por autodidatas que não têm
formação culta no campo das artes. Nesse sentido, a expressão se confunde
frequentemente com arte popular, arte primitiva e art brüt, por tentar
descrever modos expressivos autênticos, originários da subjetividade e da
imaginação criadora de pessoas estranhas à tradição e ao sistema artístico. A
pintura naïf se caracteriza pela ausência das técnicas usuais de representação
(uso científico da perspectiva, formas convencionais de composição e de
utilização das cores) e pela visão ingênua do mundo. As cores brilhantes e
alegres - fora dos padrões usuais -, a simplificação dos elementos decorativos,
o gosto pela descrição minuciosa, a visão idealizada da natureza e a presença
de elementos do universo onírico são alguns dos traços considerados típicos
dessa modalidade artística.
Fontes
Texto: Enciclopédia Itaú Cultural
Imagens: Arquivo Google
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