terça-feira, 26 de junho de 2018

CHÁ DAS CINCO: LANGSTON HUGHES


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Mapa da América: arquivo Google
QUE A AMÉRICA SEJA A AMÉRICA
Tradução: Jorge Pontual

Que a América seja a América de novo,
seja o sonho que costumava ser,
seja a grande terra forte do amor
onde nenhum homem pode ser esmagado pelos de cima,
uma terra onde a
oportunidade seja real, a vida seja livre,
a igualdade esteja no ar que a gente respira.

Nunca houve igualdade pra mim,
nem liberdade nesta terra de homens livres.

Eu sou o branco pobre, enganado e excluído,
eu sou o negro com as cicatrizes da escravidão,
sou o índio expulso da terra,
sou o jovem cheio de força e esperança
preso à antiga corrente sem fim
do lucro, do poder, da sanha
de possuir tudo por pura ganância.

Eu sou o agricultor preso ao solo,
sou o trabalhador vendido à máquina,
sou o negro que serve a todos,
sou o povo, humilde, faminto, pequeno.

Que a América seja a América de novo,
a terra que ainda não é
mas tem que ser – a terra onde todo homem é livre.

A América nunca foi a América pra mim,
mas eu faço este juramento:
a América será!

Nós, o povo, temos que redimir
a terra, as minas, as plantas, os rios,
as montanhas e a planície sem fim
e fazer a América nascer de novo!

***

Langston Hughes
Langston Hughes

James Mercer Langston Hughes (1º de fevereiro de 1902 - 22 de maio de 1967) foi um poeta americano, ativista social, novelista, dramaturgo e colunista. Ele foi um dos primeiros inovadores da então nova forma de arte literária chamada poesia-jazz. Hughes é mais conhecido como um dos líderes do movimento "harlem renaissance". Ele escreveu sobre o famoso período em que "o negro estava na moda", o qual depois foi parafraseado para "quando Harlem estava na moda". (Fonte: Wikipédia)



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