Mapa da América: arquivo Google |
QUE A AMÉRICA SEJA A AMÉRICA
Tradução: Jorge Pontual
Que
a América seja a América de novo,
seja
o sonho que costumava ser,
seja
a grande terra forte do amor
onde
nenhum homem pode ser esmagado pelos de cima,
uma
terra onde a
oportunidade
seja real, a vida seja livre,
a
igualdade esteja no ar que a gente respira.
Nunca
houve igualdade pra mim,
nem
liberdade nesta terra de homens livres.
Eu
sou o branco pobre, enganado e excluído,
eu
sou o negro com as cicatrizes da escravidão,
sou
o índio expulso da terra,
sou
o jovem cheio de força e esperança
preso
à antiga corrente sem fim
do
lucro, do poder, da sanha
de
possuir tudo por pura ganância.
Eu
sou o agricultor preso ao solo,
sou
o trabalhador vendido à máquina,
sou
o negro que serve a todos,
sou
o povo, humilde, faminto, pequeno.
Que
a América seja a América de novo,
a
terra que ainda não é
mas
tem que ser – a terra onde todo homem é livre.
A
América nunca foi a América pra mim,
mas
eu faço este juramento:
a
América será!
Nós,
o povo, temos que redimir
a
terra, as minas, as plantas, os rios,
as
montanhas e a planície sem fim
e
fazer a América nascer de novo!
***
Langston Hughes |
James Mercer Langston Hughes (1º de fevereiro de 1902 - 22 de maio de 1967) foi um poeta americano, ativista social, novelista, dramaturgo e colunista. Ele foi um dos primeiros inovadores da então nova forma de arte literária chamada poesia-jazz. Hughes é mais conhecido como um dos líderes do movimento "harlem renaissance". Ele escreveu sobre o famoso período em que "o negro estava na moda", o qual depois foi parafraseado para "quando Harlem estava na moda". (Fonte: Wikipédia)
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