Edgar Hilaire Germain de Gas, popularmente conhecido apenas por Edgar Degas, foi um importante pintor, escultor e gravurista francês. Nasceu em 19 de julho de 1834 em Paris e faleceu, na mesma cidade, em 27 de setembro de 1917. Fez parte do movimento artístico conhecido como impressionismo, embora suas obras possuíssem fortes elementos do Realismo e do Renascimento italiano. Suas obras, sobretudo as da última fase, apresentam elementos do Modernismo.
Principais características do estilo artístico de Degas:
- Uso de cores em tom pastel e suaves na primeira fase de sua vida artística. Na década de 1860, passou a utilizar tons mais vibrantes.
- Abordagem de cenas do cotidiano, paisagens e retratos individuais.
- Pintura de bailarinas, mulheres, concertos e óperas.
- Pintura histórica, sobretudo a partir da década de 1860.
Em pouco tempo, Paulinho, perdão doutor
Paulo Gonzalez, enricou. Aprovado num concurso público promovido pela
Prefeitura, ele se mudou para uma cidade de porte médio. Meses depois, montou o
próprio consultório. Logo em seguida, também passou num concurso público do
governo do Estado, para trabalhar no mesmo município. Só os profissionais que
atuam na área da Saúde e Educação, como se sabe, podem ter simultaneamente dois
empregos públicos. No começo, Paulinho, como o chamam familiares e amigos de
adolescência, ralou uma barbaridade. Não tinha tempo para nada. Sua vida era só
trabalhar, trabalhar, trabalhar.
Com o passar dos meses, Paulinho resolveu
dar ouvidos aos colegas mais experientes. Cansado de dar murros em ponta de
faca, passou a marcar o ponto de entrada e o de saída nos dois empregos
públicos. Nesse meio tempo, ia cuidar da vida. Pedia às secretárias para
que concentrassem as consultas em um ou dois dias da semana, no máximo.Passava boa parte do tempo em seu consultório
particular. Em caso de emergência, lhe avisavam pelo WhatsApp – e ele ia de
moto, zunindo, para seu posto de trabalho. Que o paciente esperasse um pouco. Ora,
ninguém morre de véspera.
Mas o consultório, por mais que Paulinho ali
permanecesse, por mais que distribuísse cartões e fizesse propaganda nos
jornais locais, cambaleava. Clientela miúda. As consultas, raras, mal davam
para pagar as despesas. Novamente, o doutor deu ouvidos aos colegas mais
experientes. Deixou de lado a veleidade de ser um grande médico, sonho da
família e dele próprio, e passou a vender atestados. Hoje, dá gosto de ver
aquela movimentação. Um entra e sai de gente que não cessa, de segunda a sexta.
A demanda é tanta que Paulinho resolveu dar um passo além. Deixa uma série de
atestados já carimbados e assinados. Um funcionário de sua confiança, vestido
de branco, encarrega-se de receber o dinheiro em troca do papelucho carimbado e
assinado por Paulinho, perdão, por doutor Paulo Gonzalez.
David Lazar é
fotógrafo de viagens desde 2004, ano em que passou três meses na Tailândia,
Índia e Nepal. Ele continuou viajando freqüentemente para países do Sul da
Ásia, África e partes da América Central e do Sul. Quando não está viajando e
fotografando, David, que possui um Master of Music em composição de filmes,
trabalha como compositor, professor e intérprete de piano.
Em
2014, foi premiado como Melhor Fotógrafo de Cultura pela Garuda Airways. Foi o vencedor, em 2012, da Smithsonian Photography Contest na categoria de viagens. Em 2015, o
inspirador livro 'Who Will I Become' foi lançado pela Growing Leaders
Foundation, mostrando a fotografia de David de Trinidad e Tobago. Ele publicou
recentemente um livro de mesa de café de seu trabalho de Mianmar intitulado
"Myanmar A Luminous Journey", que agora está disponível para compra
em todo o mundo.
Em 2015, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD)
divulgou os resultados de uma pesquisa feita junto a emissoras de rádio e casas
de festas, para saber quais as músicas interpretadas por Elis Regina que foram
mais tocadas entre os anos de 2010 e 2014. Veja a lista:
COMO NOSSOS PAIS – BELCHIOR
O BÊBADO E A EQUILIBRISTA – JOÃO BOSCO/ALDIR BLANC
ÁGUAS DE MARÇO – TOM JOBIM
ALÔ, ALÔ, MARCIANO – RITA LEE/ROBERTO CARVALHO
CASA NO CAMPO – ZÉ RODRIX/TAVITO
FALSO BRILHANTE – VERSÃO ARMANDO LOUZADA
MADALENA – IVAN LINS/RONALDO MONTEIRO DE SOUZA
APRENDENDO A JOGAR – GUILHERME ARANTES
TIRO AO ÁLVARO – ADONIRAN BARBOSA/OSWALDO MOLLES
ROMARIA – RENATO TEIXEIRA Hoje, vamos de dois grandes sucessos: "Águas de Março" e "Alô, Alô, Marciano"
(3º LUGAR)
ÁGUAS DE MARÇO
DE TOM JOBIM
É pau, é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho
É um caco de vidro
É a vida, é o sol
É a noite, é a morte
É o laço, é o anzol
É peroba do campo
Nó da madeira
Caingá, candeia
É o matita-perê
É madeira de vento
Tombo da ribanceira
É o mistério profundo
É o queira não queira
É o vento ventando
É o fim da ladeira
É a viga, é o vão
Festa da cumeeira
É a chuva chovendo
É conversa, é ribeira das águas de março
É o fim da canseira,
É o pé, é o chão
É a mancha estradeira
Passarinho na mão
Pedra de atiradeira
Uma ave no céu
Uma ave no chão
É um regato, é uma fonte
É um pedaço de pão
É o fundo do poço
É o fim do caminho
No rosto, o desgosto
É um pouco sozinho
É o estrepe, é emprego
É uma ponta é um ponto
É um pingo pingando
É uma conta, é um conto
É um peixe, é um gesto
É uma prata brilhando
É a luz da manhã
É o tijolo chegando
É alinha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana
Estilhaços na estrada
É o projeto da casa
É o corpo na cama
É o carro enguiçado
É a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte
É um sapo, é uma rã
É um resto de mato na luz da manhã
São as águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida do teu coração
É pau, é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinha
É uma cobra, é um pau
É João, é José
É o espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte
É um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho
(4º LUGAR)
ALÔ, ALÔ, MARCIANO
DE RITA LEE E
ROBERTO CARVALHO
Alô, alô, marciano
Aqui quem fala é da Terra
Pra variar estamos em guerra
Você não imagina a loucura
O ser humano tá na maior fissura porque
Tá cada vez mais down
the high society
Down, down, down
The high society
Down, down, down
The high society
Down, down, down
The high society
Down, down, down
Alô, alô, marciano
A crise tá virando zona
Cada um por si todo mundo na lona
E lá se foi a mordomia
Tem muito rei aí pedindo alforria porque
Tá cada vez mais down
the high society
Down, down, down
The high society
Down, down, down
The high society
Down, down, down
The high society
Down, down, down
Alô, alô, marciano
A coisa tá ficando ruça
Muita patrulha, muita bagunça
O muro começou a pichar
Tem sempre um aiatolá pra atola, Alá
Tá cada vez mais down
the high society
Down, down, down
The high society
Down, down, down
The high society
Down, down, down
The high society
Down, down, down
Alô, alô, marciano
Aqui quem fala é da Terra
Pra variar estamos em guerra
Você não imagina a loucura
O ser humano tá na maior fissura porque
Tá cada vez mais down
the high society
Down, down, down
The high society
Down, down, down
The high society
Ui, gente fina é outra coisa, entende?
Down, down, down
High society
Down, down, down, down,
down
High society
Hoje não se fazem mais countries como antigamente, não é?
High society, high
society, high society, high society
Down, down, down
High society
Down, down, down, down
down
High society
Ai que chique é o jazz, meu Deus
Down, down, down
High society
Down, down, down
Ah, Deus
***
Quem ouve Elis cantar, ainda que só pelas gravações que ela deixou,
não tem como manter-se em desacordo com os que a consideram a melhor intérprete
da Música Popular Brasileira. É como duvidar que Pelé seja o grande craque da
bola, algo completamente fora de cogitação. Elis reuniu – e desenvolveu – todas
as qualidades que fazem uma cantora marcar época. Senhora da técnica e dona de
uma emoção irrefreável, exalava boa música por todos os poros. Com timbre vocal
agradabilíssimo e afinação a toda prova, encarou de tudo. Não que fosse
eclética, ainda que tenha aberto também esse flanco. Cantou samba, bolero,
calipso, Bossa Nova, rock. Em cada gênero, firmava novas possibilidades de
vocalização. E tinha uma força descomunal no palco. Ao vivo, arrebatava o público
como uma Maria Callas. Costumava dizer que havia se apaixonado pelo som da
própria voz. Ela e o Brasil, que não a deixaria marcar apenas a época em que
vivera.
Elis continua sendo a maior referência para quem segue o ofício de
cantar MPB, em um raro caso de reverência mítica – como Paganini para o violino
ou Jimi Hendrix para a guitarra elétrica.
Essa devoção é alimentada não só pelos fãs da cantora, que são
muitos, mas principalmente pelos compositores que ela gravou. Milton Nascimento
afirma dedicar a Elis as canções que fez. Todas. Antenada aos talentos que
emergiam enquanto a música popular era sacudida por festivais, protestos, Jovem
Guarda, tropicália, Clube da Esquina e uma nova escola nordestina, Elis apostou
em desconhecidos e fez com que se consagrassem nacionalmente. Venceu um
festival cantando Edu Lobo (“Arrastão”), gravou o tropicalista Gilberto Gil,
chamou a atenção para o mineiro Milton e sua turma de Belo Horizonte, lançou o
cearense Belchior e imortalizou “Romaria” do paulista Renato Teixeira.
Enquanto estimulava jovens carreiras, jamais deu as costas para a
tradição. Cantava Ataulfo Alves, João do Vale, Dorival Caymmi e Adoniran
Barbosa. Cantou “Águas de Março” em dueto com Tom Jobim. Cantou o que era bom.
E se não fosse, ficava.
Celso Masson
Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira