quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

QUASE HISTÓRIAS (CXIX)


 CAIA FORA, COMPANHEIRO!

Todo militante profissional é um chato incurável. E por duas razões, ao menos:

1ª – Não admite que ninguém tenha opinião diferente da sua, que, a bem da verdade, nem sua é. É de quem garante sua sobrevivência, em geral com dinheiro público.

2ª – Quer que os outros estejam permanentemente mobilizados contra isso ou a favor daquilo por amor à causa. Justamente o que ele não se digna a fazer. É uma mala, mas não é tolo. Sem uma verbinha, não vai à luta.


PACTO DE MEDIOCRIDADE

Botem reparo. No final de cada semestre, às vésperas do recesso, as cenas se repetem nas casas legislativas. Parlamentares se apressam em aprovar projetos de sua autoria (em geral, um projeto de cada um deles) para dar, digamos assim, uma satisfação à sociedade, na linha do “estão vendo como a gente trabalha”. Não deveriam se sobrecarregar tanto. A maioria das propostas é de uma inutilidade acachapante, abaixo da pior suspeita.

Mas isso não ocorre por acaso. É fruto de um pacto de mediocridade firmado (mas não escrito) entre eles, segundo o qual ninguém coloca azeitona na empada do outro. Ou seja: o destino dos melhores projetos é o arquivo morto.



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