CAIA FORA, COMPANHEIRO!
Todo
militante profissional é um chato incurável. E por duas razões, ao menos:
1ª
– Não admite que ninguém tenha opinião diferente da sua, que, a bem da verdade,
nem sua é. É de quem garante sua sobrevivência, em geral com dinheiro público.
2ª
– Quer que os outros estejam permanentemente mobilizados contra isso ou a favor
daquilo por amor à causa. Justamente o que ele não se digna a fazer. É uma
mala, mas não é tolo. Sem uma verbinha, não vai à luta.
PACTO DE MEDIOCRIDADE
Botem
reparo. No final de cada semestre, às vésperas do recesso, as cenas se repetem
nas casas legislativas. Parlamentares se apressam em aprovar projetos de sua
autoria (em geral, um projeto de cada um deles) para dar, digamos assim, uma
satisfação à sociedade, na linha do “estão vendo como a gente trabalha”. Não deveriam
se sobrecarregar tanto. A maioria das propostas é de uma inutilidade
acachapante, abaixo da pior suspeita.
Mas
isso não ocorre por acaso. É fruto de um pacto de mediocridade firmado (mas não
escrito) entre eles, segundo o qual ninguém coloca azeitona na empada do outro.
Ou seja: o destino dos melhores projetos é o arquivo morto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário