AVISO
Não
me deixes assim:
Exposta
ao tempo,
Sem
o regar de um carinho,
Sem
o adubo de um beijo.
Sou
delicada flor
Qualquer
vento mais indelicado,
Pode
às minhas pétalas injuriar,
E
tudo o que mais preciso
É
ter o teu carinho a me guardar.
Não
me deixes assim:
Exposta
à madrugada fria do desencanto.
Sem
um olhar mais profundo,
Sem
braços que me aqueçam.
Sou
frágil borboleta,
Qualquer
inverno mais rigoroso
Pode
às minhas asas danificar,
E
tudo o que mais preciso,
É do
teu amor para me fazer voar.
Não
me deixes assim:
Exposta
ao silêncio da morte,
Sem
a canção da amizade,
Sem
o apoio constante.
Sou
feita de poesia,
E as
madrugadas me convidam
A
acompanhar todos os alvoreceres
E a
me encantar com os pores do Sol.
Se me
relegas,
Se
me esqueces,
Se
me descuidas,
Se
me desamas...
Talvez,
eu murche,
Talvez,
eu voe,
Talvez,
eu morra,
Talvez,
eu vire um verso.
E
assim eu me perca no universo,
E
acompanhe para sempre a poesia,
E
não mais me terás, nem me verás,
A
não ser em teus mais secretos sonhos.
Vólia Loureiro do Amaral Lima é paraibana,
engenheira civil, poetisa, romancista e artista plástica..
Autora das obras Aos Que Ainda Sonham (Poesia)
e Onde As Paralelas Se Encontram (Romance).
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