MORRI COMO MINERAL
Tradução: Jorge Pontual
Morri
como mineral,
e
tornei-me planta.
Morri
como planta,
e
surgi como animal.
Morri
como animal,
e
sou humano…
Por
que ter medo?
O
que perdi ao morrer?
Mas
de novo vou morrer como humano,
para
voar com os anjos, abençoado.
E
mesmo como anjo, terei de morrer.
Todos
perecem, menos Deus…
Quando
eu tiver sacrificado
a
minha alma de anjo,
me
tornarei
o
que a mente sequer concebe!
Ah!
Que eu não exista!
Pois
a não-existência proclama,
como
um órgão,
que
para Ele voltaremos.
Rumi (1207-1273) foi um poeta e mestre espiritual persa do século XIII. Seus poemas adquiriram grande popularidade principalmente entre os persas do Afeganistão, Irã e Tajiquistão.
Rumi
nasceu em Balkh, no atual Afeganistão, no dia 30 de setembro de 1207. Seu pai
foi um teólogo e pregador islâmico. Entre 1215 e 1220, quando os mongóis
invadiram a Ásia Central, Rumi, sua família e alguns discípulos deixaram sua
cidade, migrando para terras muçulmanas, incluindo Bagdá, Damasco, entre
outras. Depois de peregrinarem para Meca, se instalaram em Konya, na atual
Turquia Ocidental.
Em
1231, Rumi se torna discípulo de Sayyed Burhan ud-Din Muhaqqiq Termazi, um dos
alunos de seu pai. Com a morte de seu pai, herdou a posição espiritual que ele
ocupava. Tornou-se professor e teólogo e pregava nas mesquitas de Konya.
Rumi
passou a maior parte dos últimos anos de sua vida em Anatólia, dedicado em
terminar sua obra prima do sufismo (sabedoria mística e contemplativa do Islão)
“Masnavi”, formada por seis volumes. Escreveu ainda vários volumes de poesias
populares. Faleceu em Konya, atual Turquia, no dia 17 de novembro de 1273.
(Fonte: Pensador)
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