Henri Rousseau, também conhecido como “Le Douanier” (que em francês quer dizer
Fiscal Alfandegário) nasceu na França, em Laval, em 1844, e morreu em Paris, em
1910. Ele nunca exerceu essa profissão, era simplesmente um empregado do
“Octroi” de Paris, encarregado de taxar os artigos que entravam na cidade.
Homem simples e autodidata, Rousseau encontrou sozinho seu caminho
artístico. Antecipou sua aposentadoria em 1893 para poder se dedicar à pintura.
Estreou em Paris em 1886 no Salão dos Independentes, junto a todos os futuros
grandes nomes da pintura moderna, e foi nessa época que se tornou conhecido.
Rousseau,
sem se dar conta, plantou os alicerces da futura arte naïf moderna.
A
influência exercida por Rousseau sobre a arte do século XX, e a sua
contribuição ao abrir novos horizontes aos grandes pintores do modernismo, foi
comparada àquela que tiveram seus contemporâneos da geração pós-impressionista.
Apesar
do desprezo de certos críticos, Rousseau logo foi defendido e admirado por
pintores como Odilon Redon, Pissarro, Gauguin, Toulouse-Lautrec. E em seguida
por Picasso, Matisse, Signac e toda a geração dos grandes artistas de vanguarda
que se seguiram.
Picasso
foi o revolucionário da arte do século XX com o quadro pintado em 1907, Les
Demoiselles d´Avignon (As Moças de Avignon). Mas Rousseau, dez anos antes, ao
pintar La Bohémienne Endormie (A Cigana Adormecida), foi tão revolucionário,
escandaloso e agressivamente moderno quanto Picasso.
Vinte
anos após a sua morte, seus quadros valiam fortunas, e a maioria deles,
reconhecidos como autênticas obras-primas, entrou nos acervos dos mais
importantes museus do mundo, como o Louvre, o d´Orsay e o MoMa.
Fonte
texto: Museu Internacional de Arte Naif do Brasil
***
ROUSSEAU: AUTORRETRATRO |
Arte
Naif, também denominada de Arte Primitiva Moderna, é um tipo de arte simples,
desenvolvida por artistas sem preparo e conhecimento das técnicas acadêmicas. O
termo inglês Naif significa ingênuo e inocente. A falta de técnica não retraiu
o desenvolvimento desta arte, que recebeu grande destaque, ao ser valorizada
por apreciadores da estética e pessoas comuns.
A
característica da Arte Naif é o déficit de qualidade formal. Os desenhos e
grafias não possuem acabamento adequado, com traços sem perspectiva e visível
deficiência na aplicação de cores, texturas e sombras. Arte Naif é a arte sem
escola ou aprendizado técnico. O artista parte de suas experiências próprias e
as expõe de uma forma simples e espontânea.
Fonte: Anna Adami,infoescola.com
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