Sempre impliquei com
essa coisa de dizer ao amigo “me recomende à sua senhora”. Ora, respeito é bom.
Que insinuação vagabunda é essa? Que bandalheira é essa? Há de ser muito safado
para falar barbaridade dessas a um amigo.
Em bom Português: quem
fala uma coisa dessas - "me recomente à sua senhora" - chama amigo de corno. De corno manso!
Mas o tempo – senhor da
razão ou do ladrão? – passa. E a gente aprende alguma coisinha e outra, percebe que
expressões populares nem sempre são inservíveis.
Hoje, mais velho, sou adepto
da expressão. Mas sempre faço a ressalva:
-- Quando lhe peço para
me recomendar à sua senhora, quero seu bem. Se ela topar a recomendação – o que
é improvável – terá grande decepção. E vai querer você de volta. Juvenal: captou
a mensagem? Sou seu amigo. Me recomende à sua senhora.
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