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O
marido, contrariando sua índole, ficou calado. Perder o pai batia mais forte
que tudo, melhor deixar pra lá. Esforço medonho. A mulher, como sempre, tratou
de resolver o que precisava ser resolvido. Sem ela, nada anda.
O
vagabundo do serviço funerário – obeso sexagenário metido a engraçado, tomador
de dinheiro, pulha por vocação – começou arengar:
--
Quem é o dono do túmulo? – quis saber o crápula, ante o computador.
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Eu.
--
Quem são M.... e N.....?
--
Meus pais, mortos.
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Há vaga?
--
Claro. O túmulo está vazio, reformamos ano passado, tenho todos os documentos
comigo.
--
Estou vendo. Exumaram todos que ali estavam. Não se preocupem: logo todas as gavetas
estarão ocupadas. Hehehehe.
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